A morte de um artista no decorrer de uma produção é traumática. Alguns personagens, imprescindíveis, foram substituídos; outros, por diferentes motivos, deixaram as tramas.

O Brasil já vivenciou alguns casos desse tipo e listamos os 10 mais emblemáticos abaixo.

Confira:

Sérgio Cardoso

Em 18 de agosto de 1972, a apenas 18 capítulos do final de O Primeiro Amor, da Globo, o protagonista Sérgio Cardoso morreu, aos 47 anos, vítima de um ataque cardíaco. A morte do ator gerou comoção nacional, ainda mais depois que surgiu um boato de que ele teria sido enterrado vivo, o que sempre foi negado por sua família. Leonardo Villar, amigo pessoal de Cardoso, o substituiu nos últimos capítulos da trama.

Otelo Zeloni

Ator e humorista italiano, muito famoso por fazer parte do elenco da Família Trapo, da Record, Zeloni morreu em 29 de dezembro de 1973, aos 52 anos, pouco mais de um mês após a estreia da novela O Conde Zebra, da Tupi, da qual era protagonista. Pouco antes, havia descoberto um tumor no cérebro.

Jardel Filho

Outra morte que comoveu o Brasil foi a de Jardel Filho, que vivia o mecânico Heitor, um dos principais personagens de Sol de Verão. Ele morreu no dia 19 de fevereiro de 1983, aos 55 anos, quando faltavam 17 capítulos para o desfecho da trama, que, em virtude disso, foi antecipado. Uma bela homenagem na produção foi feita por Gianfrancesco Guarnieri.

Chiquinho Brandão

O promissor ator, que havia se destacado em Top Model, morreu durante as gravações da minissérie O Sorriso do Lagarto, da Globo, em 1991, aos 39 anos, após um acidente de carro. Ele já havia gravado 20 capítulos da trama. Para compensar a sua ausência, surgiu um primo do personagem, vivido por Stepan Nercessian.

Daniella Perez

A maior tragédia da história da teledramaturgia nacional aconteceu em 28 de dezembro de 1992. Daniela Perez, filha da autora Glória Perez, foi morta aos 22 anos pelo ator Guilherme de Pádua, seu colega de elenco, e por sua esposa na época, Paula Thomaz. Foi feita uma homenagem à atriz e a personagem Yasmin foi para uma viagem de estudos. O personagem Bira, de Pádua, simplesmente deixou de existir.

Alexandre Lippiani

Outro promissor ator que nos deixou muito jovem, aos 32 anos. Alexandre, que se destacou em Sassaricando (1987), sofreu um acidente de carro fatal quando integrava o elenco de Xica da Silva, em 1997, vivendo o Padre Eurico. Em sua última aparição na trama da Manchete, foi feita uma homenagem.

Miriam Pires

A veterana atriz, que tinha 77 anos, não estava bem de saúde e morreu durante as gravações de Senhora do Destino, em 2004, aos onde vivia a cozinheira Clementina. Sua filha, vivida por Cristina Mullins, entrou na história e até lançou um livro com as receitas da mãe, numa forma de homenagear a profissional e a personagem.

Luiz Carlos Tourinho

O ator e humorista morreu no dia 21 de janeiro de 2008, aos 43 anos, vítima de um aneurisma cerebral. Ele vivia Nezinho em Desejo Proibido. O personagem desapareceu.

Umberto Magnani

O veterano ator, que vivia o Padre Romão, passou mal durante as gravações de Velho Chico e foi internado, sendo submetido a uma cirurgia em decorrência de um acidente vascular encefálico. Mas não resistiu e morreu no dia 27 de abril de 2016, aos 75 anos.

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Domingos Montagner

Outro caso que comoveu o Brasil. O protagonista de Velho Chico morreu afogado no dia 15 de setembro de 2016, aos 54 anos, após mergulhar no município de Canindé, Sergipe, no leito do rio São Francisco. Segundo informações de pessoas que se encontram no local, Domingos teria ido tomar um banho no rio após o almoço e não mais voltou. Ele estava acompanhado da atriz Camila Pitanga, que não se feriu.

Listamos apenas 10 exemplos, mas existem muitos outros casos de artistas que nos deixaram durante novelas:

Celso Marques, em 1968, de A Gata de Vison; Noel Marcos, em 1969, de Seu Único Pecado; Glauce Rocha, em 1971, de Hospital; Sérgio Mansur, em 1973, de O Semideus; Rachel Martins, em 1974, de A Barba Azul; Oscar Felipe, em 1980, de A Deusa Vencida; Rafael de Carvalho, em 1981, de Rosa Baiana; Márcia de Windsor, em 1982, de Ninho da Serpente; Lutero Luiz, em 1990, de O Sexo dos Anjos; Felipe Pinheiro, em 1993, de Olho no Olho; Cláudia Magno, em 1994, de Sonho Meu; Luiz de Lima, em 2003, de Esperança; e Yedda do Rêgo Alves, em 2012, de Aquele Beijo.

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Thell de Castro

Apaixonado por televisão desde a infância, Thell de Castro é jornalista, criador e diretor do TV História, que entrou no ar em 2012. Especialista em história da TV, já prestou consultoria para diversas emissoras e escreveu o livro Dicionário da Televisão Brasileira, lançado em 2015 Leia todos os textos do autor