Há dois anos, no dia 23 de junho de 2019, Paulo Henrique Amorim comandava o Domingo Espetacular, da Record, pela última vez. Dezessete dias depois, em 10 de julho do mesmo ano, o jornalista morria aos 76 anos, vítima de um infarto fulminante.

Amorim nasceu em 22 de fevereiro de 1943, no Rio de Janeiro (RJ). Iniciou no jornalismo em 1961, passando por veículos como A Noite, Realidade, Veja e Jornal do Brasil. Na televisão, se destacou na Manchete e, posteriormente, na Globo, onde foi correspondente em Nova York (EUA) durante muitos anos.

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Em 1996, ele trocou a Globo pela Band; depois, passou pela TV Cultura antes de ser contratado pela Record, em 2003.

No canal de Edir Macedo, passou por programas como Jornal da Record 2ª Edição, Edição de Notícias e Tudo a Ver. Em fevereiro de 2006, se tornou apresentador do Domingo Espetacular, revista eletrônica semanal da Record.

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Após a derradeira edição de 23 de junho de 2019, a emissora soltou uma nota informando que Amorim seria substituído por Eduardo Ribeiro e que permaneceria “à disposição de novos projetos”, já que ainda tinha contrato por dois anos.

Nos bastidores, pesou para o seu afastamento a oposição que fazia ao presidente Jair Bolsonaro. Ativista de esquerda e defensor do ex-presidente Lula em seu blog, Conversa Afiada, e nas redes sociais, Amorim causava desconforto nos dirigentes da emissora.

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Alguns dias depois, na madrugada de 10 de julho de 2019, o jornalista morreu na capital fluminense, deixando a mulher, Geórgia Pinheiro, e uma filha.

Irmã do jornalista, Marília, que mora na França, disse ao UOL que o ocorrido na Record contribuiu para a morte de Amorim. “Falamos pouco porque estava na França. Ele teve vários casos de perder o lugar dele por pressão política. (…) Ele já conhecia isso, mas claro que sempre é um baque forte. Parece que dessa vez foi demais e ele não aguentou”, declarou.

Após a sua morte, o Domingo Espetacular exibiu uma reportagem especial relembrando a vida e a carreira do jornalista, enquanto a Globo deu uma breve nota sobre o ocorrido – convém lembrar que ele fazia denúncias contra o canal há vários anos.

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